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sábado, 24 de maio de 2008

Não acredito. Continuo com essa dor no peito. Não posso ser tão ridiculamente metafórica.
Meu peito dói. Por cima da certeza de que morrerei a qualquer minuto, ainda bem, entra essa voz autoritária dizendo “pára com isso, moça, sem hipocondria”. Eu obedeço. Meu pulso dói, e isso sei que é excesso de trabalho. Sonhei que vomitava, vomitava, e já faz mais de uma semana que acordo sempre suada e com frio. Enterrei os mortos ouvindo minhas Bethanias cantarem Atiraste uma pedra, meu espanto afastando o drama. O telhado quebrado.

Tenho um fim de semana e não sei bem o que fazer com ele.

A não ser isso: estou comprando móveis. Quero uma cadeira com estampa de bolinhas. E mesa, cadeiras, tapete, armários. Quebraste um telhado, vou pintar as paredes.

Ironicamente, acabo de ouvir alguém na rua cantando Nada além.