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quinta-feira, 29 de maio de 2008

enxoval do DDA - itens indispensáveis

1. Chaleira com apito

Coloquei a água no fogo e fui escolher o chá. A caixinha estava meio vazia, então comecei a revirar aquela parte do armário para arrumar tudo. Antes disso, pensei, preciso pegar uma xícara. Peguei e voltei para os chás, mas vi uma cartela vazia de comprimidos estrategicamente posicionada do lado das taças que ainda não tinham sido guardadas, e a cartela estava ali há uma semana para me lembrar de pedir um remédio. Vi as horas, ainda dá tempo. Fui ligar para a farmácia.

Lembrei da última vez em que fiz um chá de maçã e, para não esquecer da água no fogo, levantei o dedo (que ridículo) e fiquei andando com ele assim. Assim eu não esqueço, pensei. Fui até o escritório pegar o telefone e vi uns recibos que eu precisava separar, e mexendo nos papéis é claro que usei o dedo ex-levantado (eu devia mesmo ter pedido ritalina).

Susto. Bombas sendo arrem... pera lá. Isso é na cozinha e isso é minha chaleira que apita! Sempre achei que isso fosse só coisa de escrever na caixa, mas vai ver eu nunca tive paciência para esperar o escândalo, mesmo.

Taí. Chaleira com apito é algo fundamental na casa da moderna DDA. Teflon torrado, nunca mais.

terça-feira, 6 de maio de 2008

tudo tem remédio

Lojas para cabeleireiros não têm motivos para serem divertidas, certo?

Arrá! Pois lá estava eu, dando uma olhadela nos cremes de tratamento, quando dou de cara com isso:

Eis o Lithium Relaxer, um produto à base de hidróxido de lítio para alisar e relaxar cabelos. Se falam em cabelos rebeldes, por que não haveria cabelos maníacos também? Toca lítio neles!

Meus conhecimentos de química não me permitem diferenciar exatamente "hidróxido" de "carbonato", mas gostei da piada mesmo assim.

Nas mesmas prateleiras, encontrei também uma máscara de "tratamento de shock". Vai que o lítio não funcione...

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Dear Stupid,

I'm writing you this email because I think our relationship has run its course. Do you realize that you're a total loser? You've changed too much since we met, and I don't like it. I can't believe how selfish you are. Relationships are supposed to be about sharing, jerk. You couldn't even pass your exams without cheating; I should have known you'd cheat on me too, asshole. I called the nursery school program, and they agreed to let you in after they assessed your maturity level. You know, a little respect can go a long way. But the amount of respect you give me is only enough for ME to go a long way. A long way away from you, douchebag. Frankly, you just don't care enough about me. Luckily I care enough about me to make up for it, by saying goodbye to you. Here's some food for thought: you're an asshole! It's not easy to carry on a successful relationship with someone like you. And by that, I mean someone who is downright stupid, you feebleminded dimwit.

Why do you spend so little money on me? Buying me a happy meal at McDonald's does not count as taking me out to dinner. If you ever get engaged, just remember that an onion ring is not a valid replacement for a wedding ring.

Sorry, but you're not even worth keeping as a friend. Why are you so boring? I've seen rocks that are more interesting than you. I never want to see you again, jerkface! Stay away from me or I'll beat you with a frozen salmon. I think you get the idea: this relationship is over.

I hope maggots devour your testicles,
ManSize




Gerado carinhosamente por BreakUpEmail.com.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Então tá, vamos contar uma historinha

Dia desses, estava na casa dos meus pais observando com certo embaraço as fotos que eles resolveram pendurar depois que os filhos saíram de casa, aquelas fotos de estúdio que as lojas – nesse caso, a finada Sulcolor – costumavam oferecer como brinde aos clientes, naquela época em que as pessoas colocavam filme na câmera, fotografavam e depois mandavam revelar.

Ridiculamente amarelados na parede, eu, com uns três anos, e meu irmão, com uns sete e a mesma cara de hoje.

Minha mãe entra, vê que estou espremendo os olhos para não perder nenhum detalhe e se derrete. E, como se sabe, não precisa muito para que uma mãe derretida comece a contar episódios da infância de seus lindos filhinhos.

Ela começou com uma velha conhecida, da ocasião do estúdio da Sulcolor. Estava difícil fazer a maldita foto porque a pequena não sorria. Não tinha jeito. Ora, e tinha eu algum motivo para sorrir para um fotógrafo bagaceiro? Não, mas alguém inventou que tinha que ser assim – um século antes e não teríamos esse problema.

E não era má vontade, acho. Porque minha mãe pediu que eu mostrasse os dentinhos para o tio, eu mostrei, ele fez a foto, e lá está aquele sorriso bizarro na parede.

E então a historinha que eu nunca tinha ouvido. Saímos da Sulcolor, que ficava na Dr. Flores ou em outra dessas ruas agradáveis para um passeio pelo Centro, andando no meio do populacho. Minha mãe sente aquela puxadinha na roupa que só as crianças sabem dar e olha para baixo.

- Mãe, eu não gosto de gente.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Levanta o dedão que Freud explica

"O programa de tornar-se feliz, que o princípio do prazer nos impõe, não pode ser realizado; contudo, não devemos - na verdade, não podemos - abandonar nossos esforços de aproximá-lo da consecução, de uma maneira ou de outra."

Logo, como recomenda o Doutor, não posso deixar de buscar a consecução dos meus planos de passar o inverno no sofá, fingindo que minhas pantufas ridículas falam, ou melhor, analisam. Por isso, começo a pensar em como realizar o sonho de fazer Freud abrir a boca pelo simples levantar de um dedão.

(hm, isso soou tão... fálico)
Aliás, e essa coisa pé-pantufa, hein? Quanto simbolismo.