segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

So goodbye, dear, and amen



As Dorothy Parker once said
To her boyfriend, fare thee well

E feliz fim desse ano maldito para você também.

domingo, 30 de dezembro de 2007

Deus pode não me amar, mas me pede chiclé

Depois de uma noite sem dormir, acordei de novo bem depois do meio-dia. E tive, dessa vez sim, sonhos muito bizarros, tão bizarros que não consigo nem colocar em palavras – como descrever aquela mistura de liteira com cesto de supermercado, coberta por um mosquiteiro, em que tive que viajar por algum motivo que agora me escapa?

Mas o mais engraçado é o que aparece depois, do nada, durante o dia. Estava limpando a casa (e isso começa pela bolsa) quando lembrei que, noite passada, Deus me pediu um chiclé. Eu olhei na minha bolsa, tirei aquele Trident de um mês atrás (fora da caixinha, todo amassado e nojento) e ofereci para ele. “Tá meio melequento, pode ser?” E ele olhou com uma cara meio de hmpf e disse “Tá, dá aqui”.


Ah, e é verdade: ele é velhinho e tem uma barba branca muito comprida. Eu vi.

sábado, 29 de dezembro de 2007

Quelle misère!, parte 2

Ano Novo em Porto Alegre?

Festinha aqui em casa. Convide-se.

Insônia




Quelle misère!

Trinta anos esta noite (Le Feu Follet, 1963), já que estávamos falando de Louis Malle. Que filme lindo. Erik Satie de trilha sonora também ajuda.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Too hot to handle

Tenho dormido 13 horas por noite e sonhado as coisas mais bizarras, de tomar o suco do cadáver de uma ex-colega de trabalho (a Magali, eu adorava ela) a camas com cinco lençóis sobrepostos ou a passagens secretas, com cenários que lembram endoscopias, para a lavanderia-cubículo da minha prima grávida. E tenho acordado com dores nas costas, mas isso pode ser da idade.

O ar-condicionado é das poucas coisas que me mantêm vivas nesses últimos dias. Porque eu posso não ter uma cama, nem um fogão, nem cadeiras, mas eu tenho um ar-condicionado. Um, não: dois*. E não é frescura, não. Eu não nasci para temperaturas tão altas. Verão em Porto Alegre e eu não consigo me mexer, não consigo pensar, nada, só perder água e sofrer à beira do desmaio.

Pois decidi hoje que a princesa vai descer da torre e vai ao cinema. Ida e volta morrendo, mas lá tem ar-condicionado. Eu ia tanto ao cinema, não sei o que houve. Certo, eu não pagava. Bem, mas antes disso eu pagava. E ia uma, duas, três vezes por semana. Faz uns dez anos. Naquela época, a CCMQ passava ciclos do Truffaut, o Guion passava ciclos do Louis Malle, e eu matava aquelas aulas de fevereiro, conseqüência da greve, para ir ao ar-condic, digo, cinema. Lembro de chegar na esquina de casa e ter duas plaquinhas: para a direita, Antropologia suada no campus do mato; para a esquerda, Truffaut geladinho na Casa de Cultura. Que dúvida.

Também preciso ir molhar plantas, dois endereços. Posso fazer disso um bico. Não tem gente que passeia cachorros? Eu molho plantas, e elas não fazem cocô na rua. Justo eu, que sempre deixei plantas morrerem porque esquecia de dar água. Mas agora não. A saudável Maria Rita está aí para provar.

Fora isso, bem, fora isso estou precisando mesmo é de uma virada. Bom momento para um Ano Novo. No meu caso, tem muito a ver com o carinhoso jeito alemão de desejar uma “boa entrada”: Guten Rutsch! (literalmente, uma “boa escorregada”). Fico pensando se, além da metáfora visual, isso tem a ver com a neve ou, melhor ainda, com o trago.

Bem, ainda preciso escolher um filme e me besuntar com filtro solar.


* repare na volta que a pessoa faz para não ter que providenciar o plural de ar-condicionado. Ok, seriam dois aparelhos de ar-condicionado, mas fica esquisito. Melhor dar a volta.

Cruel summer

Ah, os anos 80.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Certificado de tia

Fui aprovada. Sabia mais de 70% das letras no Especial Roberto Carlos.

***

Especial, aliás, que é sempre a mesma coisa, mas neste ano foi melhor do que no ano passado (aquele dos duetos, que teve até Mc Leozinho – momento em que fui obrigada a desligar a TV). Bem, o de 2007 não precisava ter Roupa Nova. A participação do Gilberto Gil foi muito esquisita, a da Alcione funcionou tri bem. Mas até agora não entendi o que a Camila Pitanga foi fazer ali. Nada contra a moça, ela não é obrigada a cantar bem (afinal ela é atriz, não é cantora), mas a troco?

Ah, sim, teve aquele começo idiota para tentar justificar a Camila Pitanga. Roberto Carlos dá uma carona para ela e confessa ser noveleiro. Os dois no carro com aquele fundinho muito fake de paisagem, quase enxerguei em technicolor. Credo.




E a mensagem final do Rei, então? O cara não tem o que dizer, esquece esse negócio de mensagem. Põe ele a cantar e fazer as caretas de sempre e pronto, é isso que precisa.

Mas rendeu vários pulinhos no sofá. Como vai você, Outra vez, Negro gato (louvando a terapia), Cama e mesa... teve até Não quero ver você triste!

***

Bem, depois de chegarem aqui pelas palavras de busca “ser brega”, acho que não preciso me explicar nem esconder mais nada.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Confessa

Todo mundo já teve sua camiseta preta de banda.

Seu velho gordo, feio e fedido!

Se me comportar direitinho não funciona, vou ter que mudar de tática. Hmpf.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Diplomada


sábado, 22 de dezembro de 2007

A senhora quer saber por que eu bebo?

Assim como eu, o Ébrio Vicente Celestino busca esquecer.

Receio eterno de uma mente sem lembranças

Conversa com ex-namorado no messenger:

21/12/2007 23:01:43 rocky raccoon bom, vou lá continuar meu filme
21/12/2007 23:02:19 ex-namorado que filme?
21/12/2007 23:02:35 rocky raccoon último tango em paris, revendo :)
21/12/2007 23:02:51 ex-namorado manteiga
21/12/2007 23:02:51 ex-namorado ponto
[…]
21/12/2007 23:08:24 ex-namorado sim... mas essa história da manteiga vou me lembrar pra sempre de ti. é até engraçado tu ter mencionado esse filme conversando comigo
21/12/2007 23:08:32 rocky raccoon ahn?
21/12/2007 23:08:47 ex-namorado a gente não viu esse filme juntos?
21/12/2007 23:08:52 rocky raccoon sim, sim

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

*suspiro*

Fable

Oh, there once was a lady, and so I've been told,
Whose lover grew weary, whose lover grew cold.
"My child," she remarked, "though our episode ends,
In the manner of men, I suggest we be friends."
And the truest of friends ever after they were
-Oh, they lied in their teeth when they told me of her!

Um doce para quem adivinhar

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Robber Raccoon

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

“Ich beherrsche die deutsche Sprache, aber sie gehorcht nicht immer”

O alemão tem várias coisas que me incomodam. Mas são deficiências minhas, não da língua. Agora, tem uma coisa que realmente não entra na minha cabeça: como pode não haver gerúndio*?

Imagine a díficil vida das operadoras de telemarketing na Alemanha.


* refiro-me a “gerúndio” no sentido de tempo verbal contínuo, tipo “estou fazendo tal coisa”.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Não, não, agora sim!

Esta é a minha preferida. O vídeo é uma bosta, nem dá para dizer que é vídeo, mas enfim. "Torpor tomou-me todo e eu fiquei sem ser mais nada". Nossa. Me arrepia.

É preciso ser brega

Orlando Silva canta minha segunda preferida: "Lábios que Beijei".

Disciplina

Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.
Eu vou me concentrar no trabalho.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

O Rolomei é que entende das coisas

“Hate is not the opposite of love; apathy is. The opposite of will is not indecision – which actually may represent the struggle of the effort to decide, as in William James – but being uninvolved, detached, unrelated to the significant events. Then the issue of will never can arise. The interrelation of love and will inheres in the fact that both terms describe a person in the proccess of reaching out, moving toward the world, seeking to affect others or the inanimate world, and opening himself to be affected; molding, forming, relating to the world or requiring that it relate to him.”

Rollo May, Love and Will

Minuto de sabedoria

“It is an old an ironic habit of human beings to run faster when we have lost our way (…).”

Rollo May, Love and Will

domingo, 9 de dezembro de 2007

Até os cactos morreram.

sábado, 8 de dezembro de 2007

And that's reality

Sinto falta de acreditar em alguma coisa. Em Deus, no Papai Noel, nos livros da Zíbia Gasparetto, em Preto Velho, no Segredo, sei lá. Quem sabe a Santa Edwiges, que é grande amiga dos desempregados e endividados (fiquei sabendo hoje). Antes eu acreditava em contos de fadas, mas aí descobri que o príncipe que virou sapo que voltou a ser príncipe pode virar sapo de novo, e ninguém vive feliz para sempre. Isso poderia me transformar em uma cética amargurada, mas tem um espaço aqui sobrando que eu quero preencher.

Enfim, eu nunca acreditei nesse negócio de datas (sempre me desculpo falando isso), mas o bom é que é fim de ano e dá para fazer várias listinhas. De presentes (só para ganhar, porque para dar eu só tenho amor no momento), de coisas para fazer em 2008, de coisas para parar de fazer em 2008, de coisas para comprar (o apartamento é grande e a lista é longa)... E ainda tem desculpa para calcinhas novas! E para encher a cara de champagne, o que é sempre bom.

Falando em encher a cara, com licença. Vou ali perder a compostura numa festa jovem.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Well now that's done

"She turns and looks a moment in the glass,
Hardly aware of her departed lover;
Her brain allows one half-formed thought to pass:
'Well now that's done: and I'm glad it's over.'
When lovely woman stoops to folly and
Paces about her room again, alone,
She smoothes her hair with automatic hand,
And puts a record on the gramophone."


T. S. Eliot, The Waste Land

A well-worn story

Hey lordy mama

Tell me what you gonna do.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A dream lies dead

A dream lies dead here. May you softly go
Before this place, and turn away your eyes,
Nor seek to know the look of that which dies
Importuning Life for life. Walk not in woe,
But, for a little, let your step be slow.
And, of your mercy, be not sweetly wise
With words of hope and Spring and tenderer skies.
A dream lies dead; and this all mourners know:

Whenever one drifted petal leaves the tree-
Though white of bloom as it had been before
And proudly waitful of fecundity-
One little loveliness can be no more;
And so must Beauty bow her imperfect head
Because a dream has joined the wistful dead!


Dorothy Parker

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Cassandra Wilson (mesmo borrada) é foda, sim


God let him know
God bless him
Wherever he may be
He will never find
Another girl like me

sábado, 24 de novembro de 2007

Leaving New York

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

'Cause I'm feeling like a criminal

Entro em uma deli qualquer, compro água, um bagel, uma banana, uma maçã, um kitkat e uma long neck. Me pedem ID e me entregam tudo em uma sacola, mas a cerveja separada em um brown bag.

Tudo bem que adoro quando me pedem ID aqui, como se não fosse óbvio que já passei dos 21 há algum tempo, mas essa sensação é muito engraçada. Saí torcendo para não dar de cara com nenhum policial na rua, porque eu já devia estar até com um carimbo de criminosa na testa.

Gente maluca.

Mas, depois de tudo, acho até que essa cerveja teve aquele gosto especial de coisa proibida.

domingo, 18 de novembro de 2007

Her absence filled the world


A foto está muito ruim, eu sei. Mas é que adoro essa obra (é do Tunga, mas não sei o nome). Olha bem para ela. Ou melhor, olha bem para tudo na foto que não é a obra (mas que acaba sendo). Não é lindo?
O título deste post na verdade é título de uma obra do William Kentridge. A associação é cortesia de Charles Watson.

Ele era o bom, ele é o bom

Primeiro voei com o Tremendão. E agora bati um papinho com Julian - aquele, sabe, filho do Seu Casablancas. So sweet.

Posso estar um pouco deslumbrada mas, vai dizer, em Porto Alegre eu no máximo cruzaria com o Clóvis Dias Costa (o homem Tele Ritmo) na Rua da Praia.

sábado, 17 de novembro de 2007

My complement, my enemy, my oppressor, my love

E então eu chorei, disfarçadamente, sentadinha ali no chão do Whitney. Nem deu para ver o resto da exposição direito, porque saía e logo voltava para ler o texto de novo (uma artista que trabalha com imagem e eu me prendo justo ao texto, olha só).

É uma carta de amor e ódio, que começa com

Dear you hypocritical fucking Twerp,






e termina assim:

Should I never be heard from again, follow the Route of my forebears and quietly, GO, or shall I seek to kill you, burning the last of the fuel you gave me and expected of me?

Sem assinatura.

Aliás, o nome da artista é Kara Walker.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Ah, pára.

Mas onde é que esse mundo vai parar? Dica do Francisco: New York times defendendo as baratas.

Dr. Marlene Zuk diz que "cockroaches are nice, lovely, interesting animals.” E o texto completa: "Some roaches, she noted, are even monogamous". Que amor.

E a melhor parte:

"Dr. Kunkel has compiled a list of frequently asked questions about roaches. Best question: Do cockroaches bite? Worst answer: Only when you sleep."

Blergh.

domingo, 4 de novembro de 2007

Romantismo sacana

CAVALGADA
(Roberto/Erasmo)

Vou cavalgar por toda a noite
Por uma estrada colorida
Usar meus beijos como açoite
E a minha mão mais atrevida

Vou me agarrar aos seus cabelos
Pra não cair do seu galope
Vou atender aos meus apelos
Antes que o dia nos sufoque

Vou me perder de madrugada
Pra te encontrar no meu abraço
Depois de toda a cavalgada
Vou me deitar no seu cansaço

Sem me importar se neste instante
Sou dominado ou se domino
Vou me sentir como um gigante
Ou nada mais do que um menino

Estrelas mudam de lugar
Chegam mais perto só pra ver
E ainda brilham de manhã
Depois do nosso adormecer

E na grandeza deste instante
O amor cavalga sem saber
E na beleza desta hora
O sol espera pra nascer.


[em negrito, minha parte preferida]

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Agora só as mulheres!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007


segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Desktop background


Isto é Juergen Teller, é meu atual papel de parede e, como todos os meus papéis de parede, diz muito sobre o momento. Enough said.
(nossa, isso vai acabar virando fotolog)

sexta-feira, 19 de outubro de 2007


ufa.

Iseult of Brittany

So delicate my hands, and long,
They might have been my pride.
And there were those to make them song
Who for their touch had died.

Too frail to cup a heart within,
Too soft to hold the free ---
How long these lovely hands have been
A bitterness to me!


Dorothy Parker (de volta à obsessão)

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Isto é Joyce

“Ventre sem jaça, bojando-se ancho, broquel de velino reteso, não, alvicúmulo trítico, oriente e imortal, elevando-se de pereternidade em pereternidade.”

Me alcança o dicionário, por favor?

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Mas o que é isso, Polly Jean?

Ontem ouvi White Chalk no repeat por quatro horas seguidas. Da primeira vez tinha ficado meio decepcionada, porque esperava uma PJ mais rockão. Mas parei para ouvir de novo e, nossa.


BROKEN HARP


Please don't reproach me for
For how empty my life has become

I don't know what really happened
I watched your disappointment at being misunderstood

I forgive you

Oh something metal tearing my stomach out
If you think ill of me

Can you
Can you forgive me?
Forgive me
Can you
Can you forgive me?
Too

I tried to learn your language but fell asleep half undressed
Unrecognisable to myself

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Ai, como sou inteligente.

Depois de muito pensar em fazer, resolvi fazer. Abri um arquivo de frases para agarrar. Aquelas com que a gente se depara no meio de um livro e, depois do susto, só consegue rir, até finalmente parar para ler direito e entender o que o dr. Autor quis dizer (ou não, porque eu não sou tão inteligente assim). Começo com esta, a pérola da semana:

“Mas, sobretudo, é o corolário geral da incognoscibilidade do futuro histórico.”

Esse é o Arthur Danto, em Após o fim da arte, falando sobre o fato de não conseguirmos imaginar o que a Bienal de Istambul, por exemplo, irá apresentar daqui a dez anos.

Falta do que fazer? Ora, preciso arranjar uma diversão no meio disso tudo. E olha que eu ainda nem entrei na filosofia PESADA.

Aliás, aceito colaborações.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Enfim, aos 84 anos, meu avô envelheceu.

Jan Svankmajer: Dimensions of Dialogue Part 2

Esse cara é muito, muito foda.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

segunda-feira, 2 de julho de 2007

fetsa da hist4ria

É, as festas da História eram realmente divertidas. E não ficávamos falando sobre cerâmica guarani, como supunha o Scooby. Melhor que isso: existe lugar mais adequado para tomar vinho POMPÉIA?

(Taís, querida, obrigada por me salvar daquela sinuca. Esse vídeo é para ti.)

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Bohemia

Cerveja escura tipo Schwartzbier. Nunca vi coisa mais estúpida em um rótulo de cerveja.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Seu vôo atrasou? Relaxe e goze.

Um domingo divertido.

sábado, 23 de junho de 2007

No one belongs here more than you

Não sei muito sobre Miranda July. Se fosse uma boa blogueira, eu daria uma boa pesquisada antes de falar sobre ela aqui. Mas não tenho essa pretensão (de ser boa blogueira), como também não tenho leitores que me cobrem correção.




Pois então. Sei que Miranda July é daquelas pessoas que têm pelo menos cinco vidas para fazer tudo o que fazem. Ela faz filmes, atua, escreve, faz performances e ahn, música. Se ela faz tudo isso direitinho, não sei. A única coisa que conheço dela é Eu, você e todos nós, e isso eu posso dizer que é muito bom (quem já viu não deve ter esquecido: back and forth). Na verdade, enquanto escrevo isso estou me dando conta de que o negócio não é pesquisar para o blog, não, que bobagem. Onde está minha curiosidade que eu ainda não tinha pesquisado nada por mim mesma? Tsc, tsc. Só me dei conta disso agora. Já faz um tempinho que vi esse filme, gostei tanto, e só agora. É que descobri esse site aqui, para o livro de contos dela, No one belongs here more than you. Fortemente recomendado, mas só para quem consegue perceber além de algo que poderia parecer semi-retardado. Mas como eu ia dizendo, enquanto escrevo isso e me dou conta daquilo e tudo mais, já achei mais algumas coisinhas sobre ela. No myspace tem algumas gravações (eu tinha falado em música antes? já dei uma mexida ali em cima), ainda não sei o que falar a respeito. E, enfim, o site dela fala de tudo isso, incluindo as performances.

Mas o que eu queria dizer mesmo é para você, meu leitor semanal, dar uma olhadinha aqui. Só isso.


domingo, 17 de junho de 2007

Perversion for Profit

sábado, 16 de junho de 2007

terça-feira, 5 de junho de 2007

Translator Tabajara

Achei uma nova diversão diária. São notícias de um "portal internacional de moda" brasileiro, em versões para o inglês. Apesar de tradução mecânica não ser novidade, é sempre engraçado quando é levada tão a sério. Não vou dar nome e endereço do site aqui, mas compartilho isso com algum possível leitor:


THAT COMES THE COLD!
Winter of H&M promises to be warm and comfortable

In the show windows of diverse store of the Swedish mark H&M spread by the world, what it is seen now are colored collections, inhaled in the surf world. However, all this vibration of heat promises to continue little, because what comes to winter 2008/09 of the north hemisphere are the sober and closed colors.

Inhaled in the 60decade, the English textures and with touches of high sewing, the winter pieces present ample cut and precise, many times followed for buttons, folds and pleats. Worth also call attention for the wide use of stockinet that with aspect each time weigher, promises to heat with extra comfort. The leather, synthetic or natural, is the material that serves for the confection of gorgeous jousts pants or jackets with splayed cut.

In the images, some photos of the productions that will make the head of girls in the winter of north hemisphere. Worth pay attention in this mark, that is whooping cough between the young girls.

sábado, 2 de junho de 2007

Paladar

“Uma lesão no lobo frontal do hemisfério direito pode transformar pessoas de fome normal em fanáticas caçadoras de comida requintada. A síndrome do gourmand foi identificada por pesquisadores suíços que suspeitaram pela primeira vez dela quando dois de seus pacientes desenvolveram obsessões de foodie depois de lesões cerebrais duradouras. Subseqüentemente, os pesquisadores realizaram a varredura em 36 gourmands: 34 deles tinham lesões nos lobos frontais direitos. O mecanismo que causa o novo interesse em comida ainda precisa ser desvendado – é possível que os níveis de serotonina no lobo frontal tenham algum papel.”

Rita Carter, O livro de ouro da mente (Mapping the mind)

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Consolo

"Não há outro homem a quem aventurar-se a falar de memória assente tão mal. Pois praticamente não reconheço em mim vestígio dela, e não creio que haja no mundo uma outra tão prodigiosa em insuficiência. Tenho banais e comuns todas as minhas outras qualidades. Mas nesta creio ser singular e muito raro, e digno de por ela ganhar nome e fama.

"(...) Em certa medida, consolo-me. Em primeiro lugar porque esse é um mal pelo qual encontrei principalmente o meio de corrigir um mal pior que poderia facilmente ter surgido em mim, ou seja, a ambição, pois é uma falta (a falta de memória) inadmissível para quem se envolve nos negócios do mundo; e porque, como mostram vários exemplos semelhantes do andamento da natureza, esta de bom grado fortaleceu em mim outras faculdades na medida em que aquela se enfraqueceu, e facilmente eu iria deitando e enlaguescendo o meu espírito e o meu discernimento sobre os rastros de outrem, como faz o mundo, sem exercer as suas próprias forças, se as ideias e opiniões alheias estivessem presentes em mim pelo benefício da memória.

"E porque as minhas falas são mais curtas, pois o armazém da memória costuma ser mais bem provido de matéria do que o da invenção; se ela me tivesse favorecido, eu ensurdeceria os meus amigos com tagarelices, pois os assuntos despertam essa medíocre faculdade que tenho de manejá-los e aproveitá-los, inflamando e arrebatando as minhas palavras. Isso é lamentável. Experimento-o pela prova que me dão alguns dos meus amigos íntimos: à medida que a memória lhes fornece a coisa inteira e presente, eles recuam tanto a sua narração e tanto a carregam de circunstâncias inúteis que, se a história é boa, sufocam-lhe a excelência; se não é, começamos a maldizer ou o sucesso da sua memória ou o fracasso do seu discernimento."

Michel de Montaigne

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Cheeega

Mais capoeira. E eu tentando me concentrar em Henry Miller.

E olha:

Who would want to switch in and listen to Beethoven, for example, when he might himself experience the ecstatic harmonies which Beethoven so desperately strove to register.

Eu! Eu quero ouvir Beethoven! Já experienciei capoeira suficiente hoje.

Por favor, desliga esse berimbau!

Podia ser pior.

Podia mesmo ser pior. Podia ser o rádio na Eldorado da minha antiga vizinha. Ou os filhos dela, vários, chorando e berrando o dia todo. Podia ser a chaminé de outra antiga vizinha, que aproveitava esses friozinhos gostosos para defumar nosso apartamento. Mas isso é só capoeira. Só. Claro, fora isso, tem as crianças desse coleginho que berram o dia inteiro. Quando nos mudamos, pensei “ora, é só durante o recreio”. Só? Esqueci da educação física. Mas hoje não são só as crianças, que por sinal estão bem quietas (melhor que isso, só em dia de chuva, ah como gosto). Hoje tem a Turma do Berimbau. Que lindo. Cultura brasileira, raízes, tudo isso. Não podia ser sem berimbau, sem cantoria? Quem sabe longe do alcance da minha janela?

Opa, acho que está acabando. Preces atendidas! Hora de voltar ao trabalho.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Matrícula

O Instituto de Artes tem uma disciplina chamada Fuga.

sábado, 5 de maio de 2007

Francesas, germânicas, carioquinhas e baratelas

A historinha começa com um espaço esquisito dentro do apartamento do jovem casal, uma espécie de nicho que poderia servir como confessionário, cyberspace ou quartinho do castigo. Eliminando estas três opções, o jovem casal chegou à conclusão de que aquele era o espaço que faltava para guardar boa parte dos livros que estavam há tempos dando um passinho à frente no escritório.

Fomos direto à Ceasa comprar as caixas de laranja (existem caixas específicas para cada tipo de verde; estas são as de laranja) que formariam nossa estante tosca-proposta, uma desculpa cool para justificar a falta de verba. Foram realmente muito baratas (quando eu digo baratas, I mean it) e estávamos esperando ter um tempinho para limpá-las, dar uma lixadinha e montá-las como estante.

Qual não foi nossa surpresa!, diria minha avó. Começamos a encontrar baratinhas pela casa. Uma aqui, outra lá, e mais outras. Foram-se alguns Rodox e reinou a chinelada. Mas as filhas da puta continuavam aparecendo. Descobri que esse é um tipo de barata pequeninho e mais praga do que as normais, e que tem vários nomes de procedência, como barata francesa, barata germânica ou carioquinha. O último que descobri, e que penso ser mais apropriado, é baratela.

Quando elas começaram a se espalhar pela casa, ficamos realmente putos. Sabe aquela sensação de nunca estar sozinho? Eu acendia a luz e fazia um scan pelo chão, parede e móveis antes de entrar. As Havaianas (veja só, outro nome de procedência) foram grandes amigas nesse período.

Partimos então para a grande batalha. Várias latinhas de Jimo Gás Fumigante (esse último nome me dá até coceira, talvez por alguma semelhança), tudo preparado, e uma longa noite fora de casa. Pouquíssimos corpos, mas durante o primeiro dia apareceram algumas moribundas que foram devidamente chineladas. Além disso, a casa ficou tomada por um pó nojento que precisou de uma faxineira e uma dona de casa furiosa (no caso, eu) para mais de um dia de limpeza. Lavar toda a louça da casa, por exemplo, dá bastante trabalho.

O problema é que, apesar de ser em pouca quantidade, elas continuaram aparecendo. No desespero supremo contratamos um Ghostbuster profissional. O cara parecia entender do assunto, usava uma roupinha muito divertida e o processo todo foi rápido e simples. Mas, de novo, corpos e moribundas continuam aparecendo. E, de novo, estamos lavando toda a louça da casa. A casa, aliás, precisa ficar “suja” por pelo menos uma semana. Não sabemos o que dá para lavar ou não. Estou com um certo nojinho da minha própria casa. Tentamos usar o forno hoje e G. quase morreu envenenado. A cozinha está praticamente interditada.

Aliás, conselho do Ghostbuster: se tiver algum problema com baratelas, é melhor não visitar cozinhas de restaurantes*.


* eu diria isso independentemente das baratelas, mas segundo o rapaz elas são a maior atração das cozinhas.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Piada de farmacêutico

Não é a primeira vez que encontro isso no rótulo de um shampoo manipulado em farmácia:

USO: lavar c. cabeludo diariamente

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Quando se trabalha em casa

Sabe aquela enroladinha pós-almoço, com expressão compenetrada em frente ao monitor e status ocupado enquanto fica vendo bobagens na internet ou simplesmente olhando através?

Incrivelmente, tenho a pretensão de enganar a mim mesma com isso.

Here she comes

Quem diria. Primeiro voltei ao msn, agora ao blogger. Desta vez, sem pedir desculpas.